segunda-feira, 9 de maio de 2011

VOCÊ É O QUE VOCÊ COME NA EMBALAGEM QUE VOCÊ CONSOME


A Justiça Federal em São Paulo determinou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamente a obrigatoriedade de informação “adequada e ostensiva” sobre a presença da substância bisfenol A (BPA) 
nas embalagens de alguns tipos de produtos.

O que é bisfenol-A (BPA)?  O bisfenol A é uma substância química utilizada na fabricação de plásticos que torna o produto final mais flexível, transparente e resistente. Em latas, é usado como revestimento interno para proteger a embalagem da ferrugem. No entanto, o bisfenol usado nesse tipo de embalagem pode contaminar os alimentos.



De acordo com a pesquisadora Fabiana Dupont, membro do grupo de estudos sobre desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o produto afeta, principalmente, os fetos e já foi relacionado a câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade, puberdade precoce, puberdade tardia, problemas cardíacos e comportamentos sociais atípicos em crianças.




Como estamos expostos ao bisfenol A?  Bebês e crianças:


O BPA pode ser transmitido para criança através do consumo de alimentos ou bebidas acondicionadas em plástico, como mamadeiras, copinhos, pratinhos e talheres. É importante salientar que o aquecimento da mamadeira leva a um maior desprendimento do bisfenol-A, no entanto, em mamadeiras de plástico a migração vai acontecer independe dela ser aquecida ou não.

É cientificamente comprovado que o bisfenol-A passa pela placenta e a contaminação do feto ocorre sempre que a mãe ingerir um produto que esteve em contato com o químico.


Adultos: 

Pela ingestão de alimentos ou bebidas provenientes de latas, recipientes plásticos usados para guardar alimentos na geladeira, garrafas (squeezes) e garrafões.



Reduza a exposição ao BPA

1 - Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês.Dica: se não puder comprar a mamadeira de vidro, pelo menos não aqueça o leite em banho maria dentro da mamadeira,muito menos no microondas.Aqueça o leite primeiro e quando morno, coloque na mamadeira.
2 - Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no microondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 - Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens
4 - Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos
5 - Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças.

Fonte:
*Maiores informações:

Produtos Químicos Ambientais X Gestantes


O Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental dos Estados Unidos divulgou em janeiro de 2011 um estudo o qual relata que a grande maioria das mulheres grávidas tem no corpo substâncias químicas potencialmente perigosas para o feto.

O estudo baseado em uma amostragem de 268 mulheres, determinou que 99% das grávidas tem no corpo várias substâncias poluentes, e algumas delas, como o mercúrio e metais pesados, podem atravessar a placenta e atingir o feto.
Muitas das substâncias químicas presentes no sangue e na urina das gestantes estão associadas à doenças. O mercúrio, por exemplo, está relacionado a problemas neurológicos.
É por isso que o diretor do trabalho, Tracey Woodruff aconselha que as grávidas tomem medidas especiais para reduzir ao máximo a presença dessas substâncias.
Os responsáveis pelo estudo encontraram as mesmas substancias químicas no corpo das mulheres não grávidas, mas advertiram que os riscos são maiores entre as que esperam bebê, pela possibilidade dos poluentes interferirem no desenvolvimento deles.


Inquestionavelmente neste período as mulheres devem consumir produtos orgânicos e mais naturais, tirar com freqüência o pó da casa, lavar muito bem as mãos antes de comer e escolher os produtos de higiene que contenham menos ingredientes tóxicos.
As gestantes devem cumprir também a combinação de uma dieta adequada com estilo de vida saudável , como não fumar e não consumir álcool durante os nove meses.

Mas por que os produtos orgânicos?


O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos, ou seja evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas.
As técnicas de produção orgânica são destinadas a incentivar a conservação do solo e da água e reduzir a poluição. Protege a qualidade da água, a fertilidade do solo, a vida silvestre e são muito mais nutritivos.
Para esclarecer, o alimento hidropônico (produzido na água) não é orgânico pois utiliza adubos químicos solúveis, portanto não é recomendado para o consumo alimentar.

O produto orgânico é fácil de ser identificado, ele deve conter o selo de certificação, que é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos orgânicos isentos de qualquer resíduo tóxico. 

Além do mais o sistema de cultivo orgânico observa as leis da natureza, respeita as diferentes épocas de safra e todo o manejo agrícola está baseado na preservação dos recursos naturais, além de respeitar os direitos de seus trabalhadores. 
                                                   

Confira as frutas e legumes da estação:

* Oferta forte de frutas (tendência de baixa nos preços): abacate, kiwi, pinha, banana, banana-maçã, caju, caquí, carambola, côco, figo, goiaba, jaca, maçã, pêra, uva comum, tangerina-cravo, limão, ameixa importada, pêssego importado, nectarina importada, kiwi importado



* Oferta regular de frutas (preços estáveis): abacaxi, banana-da-terra, jabuticaba, manga, morango, nêspera, ponkan, mexerica, maçã importada.



*Verduras e legumes: berinjela, chuchu, jiló, milho verde, pepino, pimentão, quiabo.


Fique ligada!! Além de adquirir o alimento mais saudável e saboroso, incluir produtos orgânicos nas compras incentiva a produção e no longo prazo, torna os orgânicos mais baratos.


E lembre-se tudo o que a mãe consome, alimenta também o feto que está crescendo em seu útero, por isso mais uma vez, eu aconselho que as gestantes evitem qualquer tipo de alimento industrializado e dê especial preferência a alimentos frescos, de época e orgânicos. A idéia não é viver numa bolha, mas minimizar ao máximo o contato com substâncias potencialmente perigosas para sua saúde e a do seu bebê.
Fonte: